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Hospedagem – de graça – para as famílias de atletas

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Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo do COB (Foto: Antonio Scorza/AFP)

Além de todo o planejamento de vilas olímpicas e dos investimentos em hotelaria, um grande evento esportivo precisa prever alternativas acessíveis para comportar visitantes, entre eles as famílias dos atletas da competição. Na manhã desta segunda-feira, o superintendente-executivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinícius Freire, lançou a ideia de uma colaboração entre as famílias brasileiras e a chamada família olímpica, formada por treinadores pessoais e parentes de primeiro e segundo grau dos atletas olímpicos do mundo todo. Para o dirigente, a experiência de Londres foi tão bem sucedida que merece ser replicada em 2016.

Nos Jogos deste ano, a ONG More than Gold, ligada à Igreja Católica da Grã-Bretanha, recebeu o cadastro de famílias londrinas dispostas a receber a família olímpica com cama e café da manhã gratuitos. Com isso, mais de 350 pessoas foram beneficiadas, incluindo quase 30 brasileiros. “Cada família hospeda até duas pessoas. É oferecido principalmente para familiares e treinadores que não teriam condições de ir se tivessem que pagar a hospedagem. Acho que esse é um programa legal de Londres que o Rio pode copiar”, sugeriu Freire durante seminário promovido nesta segunda-feira pelos jornais O Globo e Extra.

Professor de marketing do Instituto Olímpico Brasileiro, departamento de educação do COB para o esporte olímpico, Marcos Felipe Magalhães foi um dos brasileiros que participaram do programa. Ele foi recebido na casa de um casal de ingleses aposentados. Foi tão bem tratado que, quando ganhou alguns ingressos para uma competição esportiva, fez questão de dar um para cada um de seus anfitriões. “Não há necessidade de fazer contribuição alguma. Mas eu quis levá-los a um jogo”, conta Marcos Felipe.

Durante o seminário, Freire reiterou a meta de o Brasil conquistar trinta medalhas em 2016, treze a mais do que em Londres, e ficar em décimo lugar no quadro de medalhas. Mas o Brasil ficaria entre os 10 primeiros seguindo o critério de número total de medalhas conquistadas, adotado pelo COB – diferente do critério do Comitê Olímpico Internacional (COI), segundo o qual as medalhas de ouro têm peso maior.

“Nós achamos que o ouro pode levar um país à frente sem que ele seja uma potência olímpica. A Hungria, por exemplo, ganhou oito ouros, ficou em nono no quadro. Mas a Hungria não é uma potência olímpica. Ela é uma potência de levantamento de peso e de lutas associadas”, explicou ele, afirmando que os problemas de formação de base de atletas no Brasil, especialmente nas escolas, permanecem: “É um gap que nós temos. O COB faz o papel dele com as Olimpíadas Escolares, mas não somos responsáveis pela base. Movimentamos 2 milhões de crianças, mas não as formamos”.


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